quarta-feira, 29 de julho de 2009

Delegar é ganhar tempo

Além de ser uma prática típica de líderes de destaque, saber repassar tarefas com critérios é uma eficaz saída para gerir melhor o tempo, cumprir prazos e metas e aumentar a produtividade no ambiente corporativo

Natalia Kfouri/MBPress

Para assumir uma posição de liderança, alguns requisitos são imprescindíveis. Delegar com eficiência é um deles.

Para assim fazê-lo, considerar habilidades e competências é o primeiro passo. Na prática, isso significa designar tarefas de acordo com o perfil de cada subordinado. Contudo, delegar não é simplesmente transferir atividades, mas sim dividir responsabilidades. “Um bom chefe não é aquele que manda, mas que comanda”, explica a psicóloga Ana Maria Tavares, da clínica Pró-atividade, no ABC paulista. Por isso, quando se ocupa um cargo de chefia, o recomendável é encontrar um ponto de equilíbrio tanto individual como coletivo.

Nesse sentido, o ato de delegar é fundamental para criar interação e senso de trabalho em equipe. A prática estabelece harmonia no ambiente de trabalho e demonstra a justa idéia de que cada pessoa é parte de um processo estratégico da empresa.

Além dessas soluções, a delegação também se apresenta como uma grande aliada da gestão do tempo. Implicando diretamente na otimização de resultados, uma boa administração de funções cria um fluxo constante de trabalho e, conseqüentemente, maior produtividade.

O ato de delegar é uma das bases do bom funcionamento de toda e qualquer corporação, já que ao designar tarefas o líder ganha mais tempo para se concentrar na gestão estratégica.

Compreende-se, com isso, que o gestor deve executar as tarefas mais importantes e repassar as mais funcionais e técnicas aos seus funcionários. Isso, naturalmente, sempre sob sua supervisão. “Um líder que não delega corre o risco de se perder no tempo, perder prazos e o foco estratégico de seu trabalho”, afirma João Batista, da Júnior Consultoria, de Campinas (SP). “Além disso, compromete e sacrifica sua vida pessoal, o que pode levar ao estresse.”

Reavaliar funções e redistribuir tarefas foi essencial para o trabalho do gerente de marketing Marco Aurélio Freitas, da T Art, fabricantes de tecidos de Minas Gerais. “Quando fui contratado, há dois anos, as palavras de ordem da empresa eram atrair clientes e aumentar a produtividade. Grande parte do processo ficou sob minha responsabilidade, mas para dar conta do recado precisei de uma equipe que me desse suporte operacional”, lembra ele.

Com a reestruturação de alguns processos produtivos, foi possível dinamizar a rotina de trabalho e gerar resultados positivos. “Não sei exemplificar em números o ganho de tempo, mas a empresa obteve um crescimento de quase 30%. Como tempo e produtividade são diretamente proporcionais, acredito que parte desse benefício é resultado do rearranjo de funções e setores da empresa”, prossegue Freitas.

Antes de delegar, porém, é preciso planejar – outro verbo diretamente relacionado à boa administração do tempo. Uma distribuição aleatória de atribuições pode causar não só o efeito contrário (o desperdício de tempo) como também gerar problemas com a qualidade do produto final e, assim, comprometer resultados. E, nesse caso, na hierarquia corporativa, quem responde primeiro é sempre o chefe.

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